As investigações sobre o desaparecimento do então pré-candidato a prefeito de Antônio Martins, João Venâncio Ferreira (PT), chegaram à conclusão de que ele fingiu o próprio sequestro. A Polícia Civil do Rio Grande do Norte encontrou evidências que contradizem o depoimento do advogado e ex-candidato, que tem 73 anos.
Uma das principais provas é um vídeo que mostra o político descendo do carro de um sobrinho na cidade de Pereiro, no Ceará, onde ele foi encontrado após passar três dias sumido (veja abaixo).
Segundo o delegado Aroldo Sales Chaves Júnior, que investiga o caso, o desaparecimento não se deu em decorrência de um sequestro: ele foi por vontade própria para a casa de uma irmã na cidade de Milhã, também no Ceará.
"Confrontamos ele (João Venâncio) com as imagens e,
diante do fato, ele confessou que realmente tinha criado toda a história. Ele
afirma que entrou em uma crise de pânico e queria só se esconder na casa da
irmã, que não fez com a intenção de causar um clamor para se beneficiar na
questão política", declarou o delegado.
Investigação
Segundo a polícia, João Venâncio saiu de casa em Antônio
Martins, no Alto Oeste potiguar, por volta das 12h do dia 23 de setembro. Ele
ligou para um sobrinho e pediu para levá-lo a Pau dos Ferros, onde faria o
registro da candidatura. No meio do caminho, na BR-226, na altura do município
de Serrinha dos Pintos, o candidato desceu da própria caminhonete e entrou no
veículo do sobrinho. A caminhonete foi achada abandonada na estrada. Foi a
partir daí que as buscas começaram e a família ficou aflita.
João Venâncio seguiu para Milhã, onde permaneceu na casa da
irmã até o dia 25, quando pediu para que outro sobrinho o levasse de volta para
Antônio Martins. No retorno ao Rio Grande do Norte, ele parou na cidade de
Pereiro, descendo do carro por vontade própria, em momento registrado por
câmeras de segurança. Na ocasião, o ex-candidato foi ao destacamento da Polícia
Militar da cidade, onde relatou o suposto sequestro. A Polícia Civil de
Alexandria foi procurada e realizou o resgate.
No depoimento em que confessou que não foi sequestrado, o
ex-candidato disse à polícia que criou a história porque teve uma crise de
pânico, achando que estava sendo perseguido. Depois do episódio, ele desistiu
da candidatura, e agora vai responder por falsa comunicação de crime. "O
caso vai ser remetido ao juizado especial criminal e ele vai responder um Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Deve ser arbitrada a ele qualquer pena
alternativa", falou o delegado Aroldo Sales.
Fonte: Inter TV
Cabugi
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